segunda-feira, 16 de março de 2009










Foi realizado no dia 15 passado, o 1ª Encrontro de Patrões, Prendas e Peões, na cidade de Pinheiro Machado no CCTG Lila Alves, belissimo encontro onde patrões da 21ªRT decidiram a cerca da 21ª FECARS, tambem aconteceu a posse da nova coordenadoria gestão 2009 e a entrega de destaques do ano de 2008. Pararelo foram realizadas reuniões dos departamentos cultural e jovem, tambem durante a tarde desenvolvido pela 1ªPrenda Juvenil Luana Godinho Mendes o XV Seminário de Prendas e Peões da 21ª RT, encontravam-se presentes o Professor e Tradicionalista Claudiomar P. de Oliveira e teve como tema o "A Música Gaúcha nos Tempos do Vinil, o Conselheiro Fábio Braga Mattos com o tema " O sentido e o Valor do Tradicionalismo, e o Sr. Vice Coordenador Pedro Mende falando sobre um assunto muito importante a todos " A Ética"








Esta sendo postado tambem fotos do evento.








E desde ja convidamos para o próximo encontro a realizar-se no dia 24/05/2009




saudações tradicionalistas.




Abraços a todos.

segunda-feira, 9 de março de 2009

Encontro de Patrões, Prendas e Peões

Prezado(a) Senhor(a)

Ao cumprimenta-lo(a) cordialmente, vimos através deste convidalo(a) para o Encontro Regional de Patrões, Prendas e Peões, no CCTG Lilá Alves na data de 15 de março de 2009, com inicio as 9:00 horas impreterivelmete.

Teremos como pauta principal

* Prestação de Contas 2008
* Relatório dos Bens adquiridos pra região
* Ato de posse da Coordenadoria ano 2009
* Trabalho do Departamento Cultural e Artisitico Regional ano 2009
* FECARS 2009
* Análise do 56º Congresso Tradicionalista Gaúcho

A tarde

* 13h 30 min - Abertura do 15º Seminário Regional
* Entrega dos Troféus - Destaques Tradicionalistas 2009
* 17:00 Encerramento dos trabalhos

Sua Presença é muito importante para o engrandecimento de nosso evento

Saudações Tradicionalistas

Jackson Luis Alves Pereira
Coordenador da 21ª RT

FECARS 2009

FECARS Renovada
(Editorial publicado no Jornal ECO DA TRADIÇÃO - Edição de março de 2009)
Há um ano, neste mesmo espaço, escrevia sobre a importância da participação do poder público na realização da Festa Campeira do Rio Grande do Sul (Fecars). Na ocasião, entretanto, dirigia-me à Prefeitura de Gravataí, que naquele momento conquistava o direito de ser sede do maior evento campeiro do Rio Grande, até o ano de 2012. No início de 2009, porém, a direção do MTG era surpreendida por uma triste notícia: Gravataí abdicava do direito de realizar a Fecars. Um município parceiro, que afirma ser a capital do tradicionalismo no Rio Grande do Sul, não poderia simplesmente abandonar a organização de tão amplo evento a menos de dois meses.Imediatamente após o comunicado, dei início a uma série de viagens pelo Estado para encontrar uma nova sede para a Fecars. Havia prometido para mim mesmo que a Festa aconteceria, na data prevista e com a qualidade que sempre a marcou, pois os campeiros, que se preparam o ano todo para mostrar suas habilidades, não mereciam ficar sem essa oportunidade.Felizmente, o poder público também sabe ser parceiro. Foi assim desde o início das tratativas com a administração municipal de Santo Augusto, cidade que sediará a Fecars até 2012. Neste editorial, quero agradecer todo o empenho e toda a dedicação da prefeitura local, que compreendeu inteiramente o sentido e o espírito tradicionalista e engajou-se com paixão e afinco para empreender tão grandioso evento em tão pouco tempo. E aqui deixo o convite à comunidade gaúcha, para que visite o Parque Nercy Liberato da Conceição, de 19 a 22 de março, pois, assistirão a um espetáculo.Paralelo a Fecars, como acontece desde o ano passado teremos o Festival Cante e Encante. Criado para promover e incentivar os artistas amadores das entidades tradicionalistas, o evento vem ganhando proporções cada vez maiores. A atração se destaca não só por ser uma oportunidade para proporcionar o devido destaque a estes artistas, mas também pela qualidade das composições, que muitas vezes, nada deixam a desejar em relação a reconhecidos profissionais. Em Santo Augusto também será escolhida a música-tema da Semana Farroupilha 2009, que traz o tema "Os Farroupilhas e Suas Façanhas". Agradecemos aos compositores e artistas que participaram deste projeto e que irão contribuir para a divulgação da maior festa popular dos gaúchos. A música eleita será utilizada pelos meios de comunicação, escolas, órgãos públicos, enfim, por qualquer um que queira divulgar.Ainda, no final de fevereiro, acompanhamos o Rodeio Nacional, em Araranguá, Santa Catarina. Presto aqui o devido reconhecimento aos organizadores e participantes, que demonstraram que o tradicionalismo não tem mais fronteiras.Também é merecido o registro pela passagem do Dia Internacional da Mulher, que acontece no dia 8 do mês corrente. Em nome do MTG e dos tradicionalistas, presto minhas homenagens a todas as mulheres que ajudam a formar as tradições do nosso Rio Grande do Sul.
Oscar Fernande GressPresidente do MTG

terça-feira, 3 de março de 2009



“OS FARROUPILHAS E SUAS FAÇANHAS”

1. O PRIMEIRO ATO: INVASÃO DE PORTO ALEGRE

Depois de meses de discussões na Assembléia Provincial e no interior das lojas maçônicas os farroupilhas resolveram invadir Porto Alegre, na noite de 19 para 20 de setembro de 1835.

Jose Gomes Vasconcelos Jardim reuniu um grupo de farroupilhas em Pedras Brancas, cruzou o Lago Guaíba e se encontrou com Onofre Pires da Silva Canto na região sul da capital, que o esperava com outro grupo de farroupilhas.

Na madrugada do dia 20 de setembro os farroupilhas chegavam na Ponte da Azenha, se defrontaram com uma patrulha policial, derrotaram os caramurus e puseram o Presidente da Província Antonio Rodrigues Fernandes Braga, em fuga para a cidade de Rio Grande.

Foi escolhido como Presidente da Província Marciano Pereira Ribeiro e como comandante-das-armas o Coronel Bento Manoel Ribeiro

2. O GRITO DE LIBERDADE: PROCLAMAÇÃO DA REPÚBLICA RIO-GRANDENSE

Quase um ano depois de iniciada a revolta dos farroupilhas, encontrava-se Antonio de Souza Netto nos Campos do Seival quando foi atacado por Silva Tavares que retornava de um auto-exílio no Uruguai. Depois da batalha, travada no dia 10 de setembro. Netto reuniu seus oficiais, nos Campos dos Menezes e, num ato de coragem e determinação, proclamou a República Rio-grandense. 11 de setembro de 1836 marca o nascimento de uma nova nação.

A Câmara de Vereadores de Jaguarão foi a primeira a apoiar o ato de independência.

Em seguida os farroupilhas definiram a primeira Capital, Piratini foi a vila escolhida, por se encontrar localizada num ponto estratégico.
Como símbolo da nova nação foi apresentada o Pavilhão Tricolor, que manteve as cores brasileiras, verde e amarelo, mas introduziu entre elas o vermelho representativo do espírito republicano e federalista.

Procedida a eleição para a presidência da República Rio-grandense, foi escolhido Presidente Bento Gonçalves da Silva e para Vice-presidentes Paulo Antonio da Fonseca, Coronel Jose Mariano de Matos, Coronel Domingos Jose de Almeida e Ignácio Jose d’Oliveira Gomes.

3. BENTO GONÇALVES FOGE DO FORTE DO MAR, ONDE SE ENCONTRAVA PRESO

Preso no combate da Ilha do Fanfa, em 02 de outubro de 1836, Bento Gonçalves e mais outros farroupilhas, entre eles Pedro Boticário, foram levados presos para a fortaleza de Lage no Rio de Janeiro.

Depois de uma frustrada tentativa de fuga, o líder farrapo foi transferido para O Forte do Mar, em salvador, Bahia, de onde fugiu, em setembro de 1837, com a inestimável ajuda da maçonaria.

4. OS FARROUPILHAS TOMAM RIO PARDO: SURGE O HINO FARROUPILHA

No ano de 1838 os farroupilhas estavam fortalecidos e reuniram suas melhores forcas, sob o comando de seus mais ilustres militares, atacaram o Município de Rio Pardo onde os imperiais mantinham forte contingente.

O ataque farroupilha foi fulminante resultando vitoriosos os farroupilhas naquela batalha que passou para a história com o nome de Batalha do Barro Vermelho.

Naquela batalha estavam presentes Bento Gonçalves, Teixeira Nunes, David Canabarro, João Antonio, Bento Manoel, Domingos Crescêncio, Antonio de Souza Neto.

Entre os imperiais presos estava a banda do 12° Batalhão de Caçadores. O maestro Joaquim Jose de Mendanha foi instado a compor uma canção para comemorar a vitória dos farrapos.

No dia 6 de maio a canção foi executada, pela vez primeira, diante do Estado Maior do Exercito Farroupilha. Assim nascia o Hino Farroupilha que mais tarde recebeu a letra de Francisco Pinto da Fontoura.

5. FORMA-SE A MARINHA FARROUPILHA: GARIBALDI FAZ A TRAVESSIA DOS LANCHÕES

A necessidade de ocupação da Laguna dos Patos e do suporte aos movimentes em terra, foram a motivação para a construção de barcos, no canal de São Gonçalo, para compor uma frágil, mas ativa Marinha Farroupilha. Giuseppe Garibaldi, um italiano de convicção republicana comandou pessoalmente a construção dos barcos, tendo ao seu lado o inglês John Griggs.

Quando os comandantes farroupilhas decidiram tomar a Vila de Laguna, em Santa Catarina com o intuito de proclamar a República Catarinense e ter uma saída para o mar, Garibaldi aceitou o desafio de colocar seus dois lanchões, Seival e Rio Pardo, no mar, para isso levou-os até a foz do rio Capivari e, por terra, numa verdadeira epopéia, transportou os barcos em duas carretas puxadas por 100 juntas de bois, recolocando os barcos na água, no rio Tramandaí e alcançando o mar no dia.

O naufrágio do Lanchão Rio Pardo, comandado por Garibaldi, na altura de torres, não impediu que o valente corsário chegasse, por terra e de a cavalo, em Laguna.

6. A REPÚBLICA CATARINENSE: ANITA SE UNE A GARIBALDI

A invasão de Laguna foi comandada pelo mais pertinaz comandante farroupilha, David Canabarro. Contando com tropas de Joaquim Teixeira Nunes, por terra, e com um lanchão chefiado por Johan Grigs, por mar, tomou a localidade no dia 29 de julho de 1839.

O ato seguinte foi a proclamação da Republica Rio Catarinense. Os imperiais e agiram e, numa operação por mar, recuperaram a cidade, fazendo com que os farroupilhas recuassem.

Em terras catarinenses foi que Giuseppe Garibaldi conhecia Ana Maria de Jesus Ribeiro, a Anita, que abandonou sua terra natal e se transformou na companheira do italiano. Anita Garibaldi lutou ao lado do marido, teve seu primeiro filho, Menotti, em terras gaúchas, na região de Mostardas. Acompanhou Garibaldi na campanha do Uruguai e com ele se tornou heroína na luta pela unificação da Itália.

7. A REPÚBLICA RIO-GRANDENSE SE ESTRUTURA COMO UMA NAÇÃO.

Depois de proclamada a República Rio-grandense, de escolhidos os seus dirigentes, havia a hercúlea tarefa de organizar a administração.

O primeiro presidente, provisório, pois Bento Gonçalves se encontrava preso no Rio de Janeiro, foi Jose Gomes Vasconcelos Jardim . O Ministro do Interior e da Fazenda, Domingos Jose de Almeida, foi o grande responsável pela administrativa da República.

O primeiro General Farrapo foi João Manoel de Lima e Silva, liberal e republicano convicto, deixou o Rio de Janeiro para se engajar na luta dos farroupilhas.

A imprensa oficial foi entregue ao italiano, amigo de Garibaldi, Luiggi Rossetti. O jornal “O Povo” se tornou o meio mais eficaz de comunicação da República.

8. A ASSEMBLÉIA CONSTITUINTE E A TERCEIRA CAPITAL

Em 1840 os farroupilhas já dando mostras de enfraquecimento militar mas cada vez mais firmes na tentativa de implantar a República, transferiram a Capital para o Município de Alegrete.

No ano de 1842 reuniu-se a Assembléia Constituinte. Eleitos os 36 deputados, reuniam-se na capital farroupilha para discutir a Constituição. Entre os Deputados vamos encontrar os padres Francisco das Chagas Martins de Ávila e Sousa e Hildebrando de Freitas Pedroso, alem de vários oficiais e civis.

Longos foram os debates e notáveis os avanços ideológicos propostos pelos republicanos. Para a época eles elaboraram uma das constituições mais avançadas.

Não puderam concluir a tarefa, mercê das discordâncias internas, mas, mesmo assim deixaram para a história um documento primoroso.

9. A PAZ DE PONCHE VERDE

Depois de quase dez anos de luta, os farroupilhas acordaram com os imperiais os itens da pacificação.

Os artífices do acordo foram Jose Gomes de Vasconcelos Jardim, Bento Gonçalves, Antonio Vicente da Fontoura, Padre Francisco das Chagas, cabendo a David Canabarro, que comandava o Exército Farroupilha e a Luiz Alves de Lima e Silva, o Duque de Caxias, Presidente da Província e Comandante do Exército Imperial, assinar o tratado.

Canabarro reuniu os comandantes, nos Campos de Ponche Verde, Município de Dom Pedrito, para decidir sobre a proposta de Caxias. A ata foi assinada no dia 28 de fevereiro de 1845.

Instalado na mesma região, o Duque da Caxias foi informado a respeito da decisão favorável dos farroupilhas e assinou a pacificação no dia 01 de março do mesmo ano.

Chega ao fim a mais longa e dura revolução já ocorrida em terras brasileiras. Os farroupilhas não tiveram êxito na implantação da República, mas plantaram as sementes que germinaram e se transformaram realidade anos mais tarde quando o Brasil deixou de ser um Império para ser uma República.

Nos anos seguintes à Revolução Farroupilha estavam os farrapos e os caramurus unidos no mesmo Exército Brasileiro lutando contra as ameaças dos paises vizinhos, primeiro a Argentina e depois o Paraguai.



Manoelito Carlos Savaris
Presidente do IGTF

segunda-feira, 2 de março de 2009